A indústria da construção civil de Campo Grande já está ganhando um novo aquecimento nesta reta final do ano e deverá contratar pelo menos mais 2 mil trabalhadores para suprir a demanda para pequenas, médias e grandes obras. A estimativa é do Sintracom/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande).
“Pequenas obras serão o forte nesses três últimos meses do ano. Muitas pessoas contratam profissionais para reforma e ampliação de suas residências. Ou seja, querem deixar tudo arrumado para as festas de final de ano e começar um 2014 com a casa reformada e/ou ampliada”, explica José Abelha Neto, presidente do Sintracom/CG.
Hoje Campo Grande conta com cerca de 30 mil profissionais no mercado e nesta reta final do ano esse número deve se elevar para 32 mil. Mesmo assim, segundo Abelha Neto, será muito difícil para o mercado formal e informal conseguir mão de obra para suprir essa demanda, pois há muito tempo há falta de profissionais qualificados no mercado.
A escassez de mão de obra para trabalhar na indústria da construção civil de Campo Grande, segundo Abelha Neto, faz com que os valores desses novos contratos sejam melhor remunerado e bem acima dos pisos estabelecidos em convenção coletiva. “Essa lei de mercado, de oferta e procura, é favorável ao trabalhador que aproveita para ter uma melhor remuneração pelos seus serviços”, explica o sindicalista.
Abelha Neto informa que outro indício de que o mercado de construção e reforma está bem aquecido e tende a ficar ainda melhor a partir do início de outubro, pode ser constatado nas casas de materiais de construção, onde a movimentação tem sido grande. As pessoas estão fazendo orçamentos e se programando para esta reta final do ano para investir em suas propriedades.
O Sintracom orienta os trabalhadores autônomos a “amarrarem” bem os contratos de prestação de serviços com os proprietários, para evitar problemas futuros de sonegação de pagamento. A entidade tem percorrido também o mercado de trabalho para evitar que pessoas jurídicas (empresas) contratem serviços de profissionais, sem o devido registro em carteira. “Estamos atentos a isso e mantendo constantes fiscalizações nos canteiros de obras. Mas precisamos também do apoio e participação do trabalhador para denunciar as informalidades, para que possamos evitar problemas futuros”, alertou Abelha Neto.
MULHERES NO MERCADO – Com o crescimento do setor da construção civil em Campo Grande, a entrada de mulheres nesse mercado, antes restrito somente aos homens, tem sido uma constante. Hoje, segundo o Sintracom, são mais de mil mulheres trabalhando nas mais variadas profissões da construção civil e a cada dia elas vêm conquistando mais espaço, pois têm revelado serem boas e dedicadas profissionais.
Nesta reta final do ano é muito provável também que muitas mulheres também sejam contratadas par suprir a demanda por novos profissionais para trabalhar na construção, reforma e ampliação principalmente de residências.