Cerca de 50 mil trabalhadores da construção civil terão 6,2% de reajuste. Este índice corresponde ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 12 meses, entre março de 2020 e fevereiro de 2021, já que a data-base da categoria é o mês de março.

 

"Este reajuste  garante que o trabalhador não tenha o salário corroído pela inflação. O reajuste vai ser computado em carteira profissional para quem ganha o piso salarial da função, e será retroativo a março. Toda a diferença será paga no mês de julho. O reajuste também incide sobre todos os benefícios como cesta básica e alimentação", explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Campo Grande (SINTRACOM), José Abelha. Segundo o presidente do Sindicato, 95% da categoria recebem o piso salarial.

 

Quem recebe acima do piso terá os mesmos 6,2% de reajuste, sendo 3,1% retroativo a março até agosto, e outros 3,1% de setembro em diante. "Esse acordo para quem recebe acima do piso também é uma grande vitória já que no ano passado, quem recebia acima do piso praticamente não teve reajuste salarial", diz Abelha.

 

Abelha também salienta que a negociação fechada com o SINDUSCON-MS (Sindicato da Indústria da Construção Civil) é um dos melhores acordos realizados em nível nacional. "Enquanto a maioria dos sindicatos conseguiu reajuste parcelado em 2 vezes, inclusive para trabalhadores que recebem o piso salarial, o nosso aumento é de uma vez só", afirma.

 

A negociação realizada na capital reflete em todo o estado de Mato Grosso do Sul. "O acordo fechado em Campo Grande serve para balizar a negociação nas cidades do interior que são representadas pela FETRICOM-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil de Mato Grosso do Sul). Com isso, nas próximas semanas, assinaremos a Convenção Coletiva em todas as regiões do nosso estado", finaliza José Abelha, que também é presidente da FETRICOM-MS.