A Fiscalização do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande) este hoje (18) visitando duas obras na capital.

 

Para o Sintracom, a fiscalização é uma ação sindical que visa exatamente observar “in lócu”, se estão sendo cumpridos os acordos trabalhistas, relacionados à segurança do trabalho, à saúde, à terceirização, entre outros.

 

Dirigentes do Sintracom realizaram uma visita ontem (17) na obra da Maxi Incorporadora, situada na Avenida Afonso Pena, 2790, no centro da cidade, onde foram encontradas diversas irregularidades no canteiro de obras.

 

Após processo de negociação com a empresa, foram tomadas algumas ações, buscando melhorar as condições de trabalho da obra.

 

José Abelha comentou a situação “após constatarmos algumas irregularidades, pedimos para todos os trabalhadores descerem da obra para realizarmos uma reunião, onde passamos a eles todas as diretrizes de segurança. A obra estava muito desorganizada, não tinha refeitório, área de convivência, tinha operário realizando trabalho em altura sem o cinto de segurança, sem linha de vidro para encaixar o cinto” disse.

 

O sindicato também reivindicou o fornecimento de uniformes completos, uma vez que a empresa só fornece a parte de cima e não a parte de baixo, tal como determina nossa convenção coletiva.

 

Nesta quinta-feira (18), a fiscalização retornou à obra e verificou uma série de mudanças realizadas que melhoraram as condições de segurança no canteiro. O trabalho em altura está parado neste momento, até que seja garantida toda a segurança dos operários, uma conquista da ação sindical do Sintracom na questão da segurança dos operários.

 

Caso Plaenge

 

Na manhã desta quinta-feira (18), a fiscalização do sindicato tentou realizar uma visita na obra da Plaenge, no empreendimento Liege, localizado em Campo Grande, na esquina da Rua José Antônio com a XV de Novembro e um fato inusitado aconteceu.

 

A direção da empresa alegou que o sindicato não poderia realizar a fiscalização na obra. Após muita pressão feita pelos dirigentes, o Engenheiro de Segurança da Plaenge, Alexandre Lindenberg, veio dialogar sobre a reivindicação do sindicato.  

 

Ele informou que “são ordens da empresa que vocês só podem adentrar a obra por intermédio de um comunicado com três dias de antecedência”.

 

O Presidente do Sintracom, José Abelha, rebateu esta afirmação, alegando que “segundo a convenção coletiva, este caso é exclusivo para a realização de palestras, ou outro tipo de atividade parecida”.

 

Após muita discussão, os dirigentes sindicais e representantes da empresa, concordaram em realizar uma reunião entre representantes da Plaenge com a direção do Sintracom, para resolver este pleito do sindicato.

 

Segundo José Abelha, Presidente do Sintracom, “fomos impedidos de realizar a nossa fiscalização, sendo que nos informaram que eram normas internas da empresa Plaenge que solicita agendamento. Nós queremos ter acessibilidade normal sem necessidade de aviso anterior, o que entendemos ser irregular por parte da empresa”.

 

O Sintracom atua no sentido de buscar flagrantes de irregularidades nas obras. Ao constatar os problemas, a direção sindical busca criar um processo de mediação do conflito entre os trabalhadores prejudicados em seus direitos e as empresas, até para evitar outros tipos de constrangimentos, envolvendo órgãos como o Ministério Público e o Ministério do Trabalho, resolvendo a situação diretamente entre operários e patrões.

 

Abelha informou que, “foi dado um prazo para a diretoria da empresa, avaliar a situação e ver quais as medidas necessárias a tomar junto ao pleito deste sindicato e marcar uma reunião. Caso não haja entendimento, e a empresa continue impedindo o Sintracom de realizar sua fiscalização, o passo seguinte poderá ser paralisação dos canteiros, além do acionamento do MP e MTE para apuração deste caso”.   

 

A partir da próxima segunda-feira (22), dirigentes do Sindicato estarão visitando diversas obras da cidade, buscando fiscalizá-las se estão cumprindo devidamente os direitos trabalhistas, previdenciários, de saúde e segurança no local de trabalho, junto aos operários.  

 

Assessoria