O presidente do Sintracom de Campo Grande, José Abelha, esteve na cidade de Rio Verde de Mato Grosso, no interior de Mato Grosso do Sul. Com ele, também estavam o vice-presidente do Sintracom Marco Cezar Ribeiro Gonçalves, o presidente da CUT-MS Genílson Duarte, e o presidente do STICO -  Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cerâmica e Olaria de Rio Verde - Adriano Sérgio Montagna.

 

Eles visitaram cinco  empresas que atuam no setor da cerâmica: Fênix, Figueira, Campo Grande, Ceramitelha e Marajoara. Nestas indústrias trabalham cerca de 500 pessoas.

 

Na conversa com os trabalhadores, os sindicalistas falaram sobre Reforma Trabalhista e Reforma Previdenciária. São temas muito atuais, a Reforma Trabalhista por exemplo entra em vigor no dia 11 de novembro e retira vários direitos do empregado. Já sobre a  Reforma Previdenciária, que estipula idade mínima para o trabalhador requerer a aposentadoria, o governo ainda tem esperanças de tentar aprová-la este ano.

 

"As duas Reformas precarizam o trabalhador porque retiram direitos conquistados ao longo de décadas. A Reforma Trabalhista, por exemplo, rasga a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) que está em vigor desde a década de 1940",  explica o presidente do Sintracom, José Abelha.

 

Os sindicalistas também falaram sobre saúde e segurança no trabalho. "Nós percebemos um contraste muito grande durante as visitas. Algumas empresas são exemplos de bem-estar para o trabalhador. Já outras não fornecem uniforme e muito menos equipamentos de segurança", afirma Abelha. "Tem empresa que nem água fornece para o empregado e constantemente atrasa o salário dos trabalhadores", diz o presidente do Sintracom.

 

O Sintracom, o STICO e a CUT-MS estão preparando uma agenda para fazer uma assembleia geral para estabelecer regras em comum para todas as empresas do setor da cerâmica. "Queremos padronizar o sistema de trabalho. Vamos na assembleia definir uma pauta e construir com os patrões um modelo único que traga bem-estar aos trabalhadores. Os empregados não podem ser precarizados por má gestão de algumas empresas", explica Abelha.

 

O Sintracom e a CUT vão dar total apoio ao presidente do STICO para fortalecer ainda mais o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cerâmica e Olaria de Rio Verde. Quanto mais associados o STICO tiver, melhor para toda a categoria.