O governo vai anunciar hoje à tarde mudanças no programa Minha Casa Minha Vida. A intenção é que mais gente tenha acesso ao financiamento da casa própria. Com isso, o objetivo é impulsionar o setor da Construção Civil, um dos que mais têm sofrido com a recessão.
O programa Minha Casa Minha Vida não muda desde 2015. As principais alterações que devem ser divulgadas são:
- Na faixa 1,5, a renda da família tinha que ser de até R$ 2.350. Passa para R$ 2.600 por mês.
- Na faixa 2, o máximo da renda familiar passa de R$ 3.600 para R$ 4.000.
- A maior mudança é na faixa 3. A família tinha que ganhar até R$ 6.500 agora pode ganhar até R$ 9 mil para ter direito.
Outra mudança: a parte que o governo banca para financiar o imóvel será maior:
- Na faixa 1,5, passa de R$ 45 mil para R$ 47,5 mil.
- E na faixa 2, aumenta de R$ 27,5 mil para R$ 29 mil.
O governo também vai mudar o preço máximo do imóvel para quem usa na negociação dinheiro do FGTS.
Para josé Abelha, presidente do SINTRACOM de Campo Grande, já estava na hora do governo fazer algo para recuperar o setor. "Essas mudanças devem ser sentidas a partir de março. As empresas devem tirar do papel os projetos e com isso gerar empregos", diz Abelha. No Brasil, a estimativa é abrir até 150 mil vagas.
"Estudos mostram que a cada R$ 1,00 aplicado na Construção Civil gera outros R$ 3,00 nos outros setores. Então devemos ter uma reação em cadeia", explica Abelha.