O SINTRACOM de Campo Grande participa hoje do Dia Nacional de Greve. Logo no início do dia, a concentração foi em frente ao canteiro de obra da HVM no jardim Seminário. No local, cerca de 200 pessoas  trabalham na construção de 2 torres.

 

O ato é em repúdio ao governo federal que encaminhou projetos para prejudicar a classe trabalhadora. Michel Temer já conseguiu aprovar na Câmara Federal a PEC 241 que estabelece um teto para gastos públicos durante 20 anos. Com isso, serão congelados investimentos, por exemplo, nas áreas da saúde e educação.

 

Temer também pretende aprovar projetos que retiram direitos trabalhistas conquistados desde a Consolidação das Leis do Trabalho em 1940. O governo insiste ainda em aprovar a terceirização. “O trabalhador terceirizado ganha em média 30% menos. Não é só isso, o equipamento de segurança repassado ao trabalhador é de péssima qualidade, o que coloca em risco a vida dele”, afirma José Abelha, presidente do SINTRACOM.

 

Além disso, Temer propõe a reforma na Previdência Social. Hoje, o trabalhador com 35 anos de contribuição pode se aposentar independentemente da idade dele. Temer quer estabelecer idade mínima de 65 anos para aposentadoria. “Por exemplo, quem tem 54 anos e vai fazer 35 anos de contribuição no ano que vem já pode se aposentar em 2017 pela regra vigente. Caso Temer mude a regra, esta pessoa vai precisar trabalhar mais 10 anos”, explica Abelha.

 

No meio da manhã, o SINTRACOM foi para a praça do rádio clube no centro da cidade onde estão várias entidades sindicais unidas pelo Dia Nacional de Greve.