Nesta quinta-feira, os setores da Construção Civil e da Construção Pesada vão fazer uma mobilização em Campo Grande contra o governo de Michel Temer. O protesto segue a orientação da CONTICOM (Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira). 

 

A manifestação começa às 06:30 em frente à uma obra na Avenida Dr. Paulo Machado com Rua Tabelião Murilo Rolim no bairro Santa Fé. No local trabalham cerca de 500 pessoas em 3 torres. "Vamos entregar panfletos para mostrar ao trabalhador os monstros criados por Temer para acabar com direitos históricos da classe trabalhadora", explica José Abelha, presidente do SINTRACOM.

 

Em seguida, a concentração será em frente à sede do SINTRACOM na rua Maracaju, 878, no centro da cidade. 

 

Depois que assumiu o governo ainda de forma provisória, Temer propôs projetos como "o negociado sobre o legislado". O projeto permite que o negociado entre patrão e empregado esteja acima da lei. Isso significa que a empresa pode, por exemplo, aumentar a jornada de trabalho, acabar com o 13º salário e férias. 

 

"O golpe não é só  contra a democracia, mas principalmente contra a classe trabalhadora. Cabe a nós sindicalistas e trabalhadores evitar que isto aconteça. E só existe uma maneira de agir, a palavra é MOBILIZAÇÃO", afirma Walter Vieira dos Santos, presidente do SINTICOP-MS.

 

Temer ainda quer congelas os gastos públicos, o que afeta investimentos na áreas da saúde, educação e segurança. O governo trabalha também para criar a idade mínima de aposentadoria aos 65 anos. Além disso, Temer pediu agilidade para aprovar o projeto de terceirização. Trabalhadores terceirizados recebem menos e quase não têm direitos.

 

"É por essas e outras que precisamos dar um basta. A mobilização do Fora Temer deste dia 22 de setembro é uma mostra da greve geral que teremos ainda este ano", diz Abelha.