Em apenas 2 dias, 132 pessoas  compareceram ao Sintracom para pedir a desfiliação do Sindicato. A Plaenge e a outra empresa do grupo, a Vanguard, cederam veículos para que os funcionários fossem ao Sintracom.


“Este fato causa estranheza, ainda mais depois da definição do índice de reajuste de 11,08% que contempla 95% dos trabalhadores da construção civil”, afirma José Abelha, presidente do Sintracom. 


Para Abelha, a desfiliação em massa pode ser um forma de represália dos patrões por causa da atuação do Sindicato durante as negociações. “Para conseguir o reajuste, milhares de trabalhadores chegaram a paralisar as atividades em vários canteiros de obras no centro de Campo Grande, isso mexeu com o ego dos patrões porque a população viu que Plaenge e Vanguard  também são empresas que não estão preocupadas com o bem-estar dos trabalhadores”, disse Abelha.


O Sintracom repudia tal prática que vai contra o livre arbítrio das pessoas de serem filiadas ao Sindicato que as representam. “Não existe forma mais perniciosa de coação. Dentro de um Estado democrático de direito, os gestores das empresas revelam suas faces ditatoriais.  Vai ficar a cargo da justiça definir o que pode ser feito nesse caso”, conclui José Abelha.