Terminou sem acordo no início da noite desta quinta-feira uma audiência na sede do  Ministério Público do Trabalho em Campo Grande que envolveu funcionários da Cerâmica Fênix, diretores da empresa e sindicalistas.

 

A audiência foi marcada para tentar resolver os salários atrasados de março e abril, além do pagamento do décimo terceiro de 2015. 

 

A Cerâmica Fênix propôs parcelar os atrasados em 3 vezes até 15/06. A proposta foi recusada pelos funcionários. “Esses valores têm de ser pagos imediatamente. Em nenhum momento a empresa disse quando pagaria o salário de maio que vence no começo de junho, ou seja, ficaria maio em aberto. É o tipo de proposta que não faz sentido”, disse José Abelha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande.

 

Na audiência também foi discutida a falta de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores, o que coloca em risco a integridade física deles. “Essas questões serão fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego”, afirmou Abelha.

 

A Cerâmica Fênix em Rio Verde,  a 207 quilômetros de Campo Grande,  tem cerca de 200 trabalhadores. Em protesto contra os atrasos, um grupo de funcionários e sindicalistas bloqueou por 3 horas na quarta-feira um trecho da BR-163 em Rio Verde. Houve congestionamento de aproximadamente 3 quilômetros nos dois sentidos da rodovia na altura do km 682. O protesto acabou às 13h30min.

 

Nesta sexta-feira, sindicalistas vão estar novamente em Rio Verde para fazer uma assembleia com todos os trabalhadores da empresa. Também vão comunicar a direção da Cerâmica que os funcionários estão em greve por tempo indeterminado. “Além disso vamos entrar com uma ação no Ministério do Trabalho e Emprego em Coxim para pedir uma mesa redonda com a empresa na tentativa de resolver os problemas”, afirmou José Abelha.