O Sintracom deu sequência hoje de manhã às manifestações contra o arrocho salarial proposto pelos patrões. Desta vez, 150 trabalhadores da Plaenge cruzaram os braços por 2 horas. O protesto foi em frente à torre que está sendo construída na rua 7 de Setembro no centro da cidade.
Edson da Silva que trabalha no local como pedreiro disse que a paralisação mostra a união da categoria. "Todos aqui já deveriam ter recebido o salário com reajuste no começo do mês de abril porque nossa data-base é março. Não vamos aceitar o que os patrões querem dar, um aumento abaixo do índice de inflação", disse Edson.
A última proposta do Sinduscon - Sindicato das Indústrias da Construção Civil - foi de 9,5% sobre os pisos salariais e 6,5% para quem recebe acima do piso.
José Abelha, presidente do Sintracom - Sindicato dos Trabalhadores - disse que os 25 mil empregados do setor em Campo Grande estão mobilizados e só vão aceitar uma proposta digna. "Temos união e força para paralisar qualquer obra em qualquer horário. Quanto mais o Sinduscon retarda a negociação, maior será o prejuízo dos patrões", disse Abelha.