Hoje pela manhã, cerca de 300 trabalhadores cruzaram os braços em protesto ao arrocho salarial proposto pelos patrões. Eles se concentraram em frente de três obras na Rua Dom Aquino no centro de Campo Grande. Nos locais estão sendo erguidas duas torres da Plaenge e uma da Maxi Incorporadora.

 

O Sinduscon, Sindicato das Indústrias da Construção Civil, propôs reajuste de 9,5% nos pisos salariais e 6,5% para quem recebe acima do piso. O carpinteiro Hélio da Silva que trabalha há 2 anos na construção da torre da Plaenge sabe que este índice não repõe nem mesmo a inflação do período. “Os patrões deveriam ter vergonha e dar um reajuste digno pra gente, aliás a nossa data-base foi em março e até agora os empresários estão enrolando para reajustar nossos salários”, disse Hélio.

 

José Abelha, presidente do Sintracom – Sindicato dos Trabalhadores – disse que a categoria vai estar  mobilizada até o Sinduscon apresentar uma proposta que atenda o setor. “Queremos reajuste de 16,5% para recompor o poder de compra dos trabalhadores. Não podemos continuar com os pisos salariais mais baixos do país”, disse Abelha.

 

A manifestação durou 2 horas. “Vamos continuar com essas paralisações em vários canteiros de obras da capital para mostrar aos patrões a força e a união da categoria”, finalizou Abelha.

 

Várias entidades de classes participaram do protesto.