Hoje pela manhã, cerca de 500 trabalhadores fizeram uma paralisação de 2 horas em protesto contra o reajuste oferecido pelo Sinduscon – Sindicato das Indústrias da Construção Civil.

 

O Sinduscon propôs 9,5% sobre os pisos salariais, e 6,5% para quem recebe acima do piso. “Este índice não repõe nem mesmo a inflação acumulada no período que foi de 11,07%, medida pelo INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor.  Queremos reajuste de 16,5% para que o funcionário possa ter a recomposição do poder de compra”, disse José Abelha, presidente do Sintracom – Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil.

 

O empregados que cruzaram os braços trabalham em 3 torres da MGR. A obra fica perto do shopping Campo Grande no Bairro Santa Fé, na região central.  Para o servente Luis da Silva, o empresário precisa valorizar a mão de obra. “Se o patrão não dá um aumento justo, quem é qualificado busca serviço até em outros estados que oferecem piso salarial maior que Campo Grande”, afirmou Luis.

 

A manifestação foi pacífica, e os 500 funcionários fizeram até fila para tomar o café da manhã servido na rua. “Nossa categoria é organizada e consciente dos seus direitos. Este é apenas o primeiro de uma série de protestos que vamos fazer em outros canteiros de obras da capital. A nossa data-base é o mês de março e desde fevereiro estamos tentando negociar com a classe patronal”, disse o presidente do Sintracom, José Abelha. A paralisação teve o apoio de várias entidades de classes.