Nesta quinta-feira, 14/04, foi realizada a segunda reunião sobre o dissídio dos 25 mil trabalhadores na construção civil de Campo Grande. O Sindicato que representa os empregados não abre mão do reajuste de 16,5% sobre os pisos da categoria.

“Temos os pisos salariais mais baixos do país e está na hora de proporcionar ao trabalhador um valor digno. Do jeito que estão os salários o empregado fica desmotivado, nada mais justo que recompor o poder de compra. Com um salário digno o trabalhador vai render mais e o patrão sabe disso”, disse José Abelha, presidente do Sintracom, Sindicato dos Trabalhadores. Segundo Abelha, o reajuste para quem recebe acima do piso deve ser de no mínimo 11,07%, que é a inflação dos últimos 12 meses medida pelo INPC- Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

"A partir da próxima segunda-feira, vamos aos canteiros de obras e expor a situação para definir algumas ações junto com os trabalhadores. Precisamos estar unidos para conseguir nossos objetivos", afirmou José Abelha.

Na primeira reunião, realizada no começo deste mês, O Sinduscon – Sindicato que representa as empresas do setor – ofereceu 8% de reajuste nos pisos salariais e 6% para quem recebe acima do piso. Nesta segunda reunião, os empresários ficaram de estudar melhor o assunto e apresentar uma proposta que não prejudique o poder de compra dos trabalhadores. A próxima reunião está marcada para o dia 26 de abril.

 A data-base da categoria é o mês de março. “Quando for definido o índice  do dissídio, os trabalhadores vão receber os valores retroativos”, conclui Abelha.