Hoje de manhã, o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Campo Grande se reuniu com o Sinduscon, que representa os empresários do setor. Foi a primeira reunião para discutir o dissídio da categoria deste ano.
O Sinduscon propôs reposição de 8% nos pisos salariais e 6% para quem recebe acima do piso. O Sindicato dos Trabalhadores recusou de imediato a proposta. A reivindicação da categoria é aumento de 16,5%.
"O que os patrões estão oferecendo não repõe nem mesmo a inflação medida pelo IPCA dos últimos 12 meses, que ficou em 10,07%. Este índice proposto pelo Sinduscon traz consequências no poder de compra dos trabalhadores", disse José Abelha, presidente do Sintracom.
A data-base na construção civil é o mês de março. "Nós entregamos a pauta de reivindicações no dia 17 de fevereiro. Só esta semana o Sinduscon marcou a primeira reunião e ofereceu um percentual longe de repor o que a inflação comeu do salário do trabalhador", concluiu Abelha.
Uma segunda reunião foi marcada para a próxima quinta-feira, 14/04. Depois disso, os cerca de 25 mil trabalhadores na Construção Civil de Campo Grande serão convocados para uma assembleia para definir os rumos da negociação.