Um estudo publicado pelo jornal Valor Econômico aponta que 81% dos trabalhadores desejam a redução da jornada de trabalho para quatro dias na semana. Porém só 4,9% das empresas se mostram simpáticas à esta jornada mais enxuta sem redução de salário. Ao todo foram ouvias 2.552 pessoas e 251 empresas no mês de agosto.
A redução da jornada de trabalho já está sendo colocada em prática em alguns países e também em algumas cidades do Brasil.
No Reino Unido, desde junho deste ano, cerca de 3,3 mil trabalhadores de mais de trinta setores da economia estão experimentando esse modelo de trabalho que promete vidas mais saudáveis para trabalhadores e um mundo mais sustentável, sem perda de lucratividade das empresas.
“É a prova de que a medida, ao contrário do que pensa grande parte do empresariado brasileiro, não representa prejuízos e sim investimentos que, a médio e longo prazos, podem trazer ainda mais lucratividade”, explica a economista do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho da Unicamp, Marilane Teixeira.
Em Franca, no interior de São Paulo, os trabalhadores da Novahaus têm folgas todas as quartas-feiras. A empresa do setor de tecnologia ainda ofereceu R$ 400 para todos os cerca de 40 trabalhadores para usarem em aplicativos de lazer como música, filmes, livrarias, cinemas, teatros e shows.